terça-feira, 29 de junho de 2010

HOMENS QUE NÃO ESQUEÇEMOS

BEM HAJAM CAMARADAS
DAS LANCHAS DE DESEMBARQUE



Os homens que aqui quero lembrar, honrar e homenagear, foram na guerra de África, quem esteve mais perto dos Fuzileiros naqueles momentos decisivos e muitos difíceis de que se reveste um desembarque em zona de combate, onde se morre ou se abate.
Foi apoiado na sua camaradagem e capacidade profissional, que desembarcamos e reembarcamos, muitas vezes. Fosse de noite ou de dia, sempre estiveram prontos a darem o seu melhor para que tudo corresse a contento dos seus fuzileiros. Nunca nos pediram nada em troca, a não ser, que todos regressássemos são e salvos, e isto, nunca se esquece e para sempre na memória permanece.
Foram espectadores de muitas situações quase macabras, quando as suas residências flutuantes, sem indumentária serviram de morgue ou casa funerária.
Sempre que algum camarada quer fosse ou não da Marinha, que da sua logística teve necessidade, mesmo morto, nunca se furtaram a dar o seu melhor até para que na morte, pudesse existir alguma dignidade, foi preciso destes bravos, muita disponibilidade.
Os Fuzileiros, sempre se sentiram muito perto destes filhos da escola, para todos eles, o nosso obrigado por todo o esforço dado em prol dos objectivos de cada missão, em que também eles estiveram envolvidos de corpo e alma. Todos merecem o orgulho que representa para os Fuzos a sua Boina mas, na impossibilidade de vos a impor, serão bem vindos à nossa associação e será para todos nós, um privilégio ter sócios tão especiais como vocês, para que possamos continuar a conviver agora, felizmente numa de paz e harmonia, que por exigências da pátria, nem sempre nos envolveu, e que, de quase todos, parece até, que já se esqueceu. A ingratidão, não é solução para quem deu os melhores anos de vida, ao serviço da nação.
Para todos o meu saudoso abraço.
Mário Manso

sexta-feira, 4 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

PORQUE ME SINTO ROUBADO E INDIGNADO

1
Este meu país já não brilha
E é a miséria que abunda
É como um barco sem quilha
Que sem comandante se afunda

2
São uns refinados ladrões
Neste paraíso que se trilha
Por cambada de burlões
Não deve ter mãe esta filha

3
Esta terra foi assaltada
Por gentinha sem vergonha
Ceita bem organizada
Com riso cínico na fronha

4
Roubam-nos à descarada
É a torto e a direito
Quase não nos deixam nada
São carteiristas com jeito

5
É tempo da nação acordar
E dizer que já chegou
Se continuarem a roubar
É porque o povo se vergou

6
Cada vez mais sacrifícios
São pedidos a um povo
Com manhas e artifícios
Prometendo um amanhã novo

7
Acreditar em quem mente
E na sua balofa teoria
É certificado de demente
Que passam à maioria

8
Eles andam bem guardados
Tanto gostava de lhes bater
Para mim são renegados
Vou-me continuar a debater

9
Quando a justiça chegar
Já a cambada engordou
E a plebe vai mendigar
Porque já tarde acordou